28.5.09

A DOENÇA DE ALZHEIMER

A terceira idade tem preocupado, actualmente, as Famílias, os Governos e a Comunidade em geral. Com efeito, esta doença afecta mais de metade da população idosa portuguesa. Apesar de já haver algum conhecimento geral da doença, grande parte da população desconhece a sua etiologia e sobretudo as suas consequências.
A Alzheimer é uma doença cerebral, referida como a forma mais comum de demência – uma série de sintomas que são, habitualmente, observados em pessoas com uma doença cerebral resultante de danos ou perda de células cerebrais, caracterizando-se pela deterioração das funções mentais que envolvem perda de memória e de outras competências intelectuais e físicas –, que, num grau elevado, faz com que a pessoa portadora de Alzheimer se sujeite a viver em dependência para o resto da vida.
Alois Alzheimer, médico psiquiatra e neuropatologista, alemão, foi quem, em 1906, descreveu, pela primeira vez, os sintomas desta doença degenerativa.
A Alzheimer danifica a memória e o funcionamento mental, mas pode igualmente levar a outros problemas, tais como a confusão, e a desorientação no tempo e no espaço. O sintoma primário mais notável é, de facto, a perda de memória, pelo que o portador tem dificuldade em lembrar factos aprendidos recentemente, e perde flexibilidade no pensamento, nomeadamente no abstracto. Além da agnosia, uma grande parte dos portadores da doença apresenta também apraxia (dificuldade nas funções principais de percepção e nos movimentos), pelo que aqueles podem apresentar dificuldade a vestir ou a escrever. A degeneração progressiva dificulta a independência, afectando a linguagem e os comportamentos. Assim, a linguagem é afectada, devido à impossibilidade de lembrar o vocabulário. Ao nível comportamental, pode acontecer o doente apresentar irritabilidade e ataques de fúria inesperados. Durante a última fase de Alzheimer, o doente está completamente dependente do seu principal cuidador. As suas massa muscular e mobilidade degeneram-se a um extremo agravante que obriga os portadores a ficarem deitados na cama, sem capacidade de executarem qualquer actividade sem ajuda. Sempre que um doente sai à rua, é conveniente levar sempre consigo documentos de identificação, para o caso de se perder. Por fim, vem a morte que, normalmente, não é causada pela Alzheimer, mas por outros factores como, por exemplo, uma pneumonia. De acordo com este quadro evolutivo, pode considerar-se que a doença atravessa quatro fases: a pré-demência, a demência inicial, a demência moderada e a demência avançada.
A Alzheimer afecta, não só o doente, mas todos os que com ele lidam no quotidiano, com particular destaque para o núcleo familiar. O maior impacto faz-se sentir no principal cuidador que, para além do esforço emocional e físico envolvido, é confrontado com o declínio progressivo do seu familiar. É muito importante para a pessoa portadora de Alzheimer que seja assistida com múltiplos cuidados diários.
A ausência de conhecimento da(s) causa(s) desta doença impossibilita a existência de um tratamento curativo e definitivo. A inexistência de testes preditivos também não permite dar a conhecer se uma pessoa, no futuro, pode vir ou não a contrair a doença.

Nair Renata Ricardo Fernandes, Curso de Técnico de Animação Sociocultural I
(Português e Psicologia)

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